Neste artigo, vamos desvendar a poluição atmosférica. Para isso, te explicaremos mais sobre a emissão de gases, os tipos de fonte de emissão e as normas que falam sobre o assunto!
As emissões atmosféricas constituem o lançamento de substância – em forma gasosa ou particulada – na atmosfera.
Essas emissões podem ou não serem acompanhadas de energia e podem causar alterações, quando lançadas em grandes concentrações.
a OMS – Organização Mundial da Saúde classifica essa poluição como:
“contaminação dos ambientes internos ou externos por qualquer composto químico, físico ou agente biológico que modifique as características naturais da atmosfera”.
OMS
Assim, a emissão de gases poluentes altera a composição química da atmosfera, o que pode levar à modificação da temperatura média do planeta e, consequentemente, o desequilíbrio ambiental, com resultados como o efeito estufa e o aquecimento global.
Quando lançadas com:
grandes, podem tornar o ar impróprio ou danoso para a vida e são chamadas de poluentes atmosféricos.
Ou seja, são chamados de poluentes atmosféricos aquelas substâncias que podem degradar a qualidade do ar.
Os estudos sobre o controle de poluição atmosférica são classificados de acordo com sua área de localização ou sua natureza e podem ser divididos em emissões provenientes de fontes móveis e/ou oriundas de fontes fixas.
São chamadas de “fontes fixas” aquelas fontes que liberam poluição para a atmosfera em uma área predeterminada, ou seja, estão fixas em um local específico.
Neste caso, é possível fazer uma avaliação direta da fonte emissora e desses poluentes.
As fontes classificadas como fixas são geralmente aquelas empregadas em atividades de geração de energia, indústrias, metalurgia e mineração.
São exemplos:
As fontes móveis são aquelas que podem ser movimentadas, que se dispersam pela área, não são fixas em um determinado local. Por isso, não é possível realizar a sua avaliação direta.
São exemplos:
Dentre os grandes causadores dessa forma de poluição está a emissão de fumaça preta pelos veículos movidos a diesel.
Isso prejudica não apenas a camada de ozônio, o que acarreta em mudanças climáticas, mas também afeta diretamente toda a população, que fica sujeita a respirar um ar poluído e carregado de substâncias nocivas à nossa saúde.
No Brasil, os padrões nacionais de qualidade do ar foram estabelecidos pelo IBAMA e a instância que regulamenta as emissões atmosféricas, determinando os limites de emissão de poluentes é o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
Existem, em âmbito federal, as seguintes normas que regulam a emissão de efluentes atmosféricos provenientes de fontes fixas:
Aplica-se aos processos de combustão externa em fontes fixas de poluição instaladas ou com pedido de licença de instalação anteriores a 02 de janeiro de 2007.
Também determina que os critérios e limites, que foram estabelecidos pela Resolução CONAMA 08/90, permanecem aplicáveis para os processos de geração de calor nela (CONAMA 382/06).
O critério para definir qual das normas será aplicada é temporal (o da data da instalação da fonte fixa ou da solicitação da licença de instalação), observado o seguinte.
Caso a fonte fixa tenha sido instalada ou possua pedido de Licença de Instalação anteriormente a 01.2007, será aplicável a Resolução CONAMA 08/90 ou a Resolução CONAMA 436/11, conforme o tipo de fonte fixa que a empresa possuir.
Para saber qual das duas normas é aplicável, a empresa deve verificar qual Resolução regulamenta o processo de emissão atmosférica das fontes fixas presentes em seu estabelecimento.
Para isso, é necessário consultar o texto das normas (cada norma regulamenta processos de emissão atmosférica distintos).
Caso a fonte fixa tenha o seu pedido de Licença de Instalação apresentado após a 01.2007, será aplicável a Resolução CONAMA 382/06.
Ainda assim, para os processos de geração de calor não abrangidos nesta Resolução, permanecem aplicáveis os critérios e limites estabelecidos na Resolução CONAMA 08/90.
Uma vez definida qual a norma federal aplicável, deve-se verificar se o Estado em que se localiza a fonte emissora possui norma que regulamenta a matéria.
Exemplos de Estados brasileiros que publicaram normas que estabelecem padrões de lançamento de efluentes atmosféricos de fontes fixas são os estados de Minas Gerais (Deliberação Normativa COPAM 187/13) e São Paulo (Decreto estadual 8.468/76).
Caso a norma federal e estadual aplicáveis definam valores de lançamento diferentes para a mesma substância, prevalecerá o padrão de emissão mais restritivo, por ser mais favorável ao meio ambiente.
Por ser uma das maiores fontes de poluição, o Poder Público passou a criar normatizações que visam à minimização deste impacto ambiental, sendo as principais em âmbito Federal. Conheça algumas delas, que pretendem diminuir o impacto de fontes móveis – veículos diesel:
A primeira foi pioneira em dispor sobre níveis permitidos de emissão de poluentes e a regulamentar o uso de medidores, a chamada Escala Ringelmann.
Já a segunda norma é mais criteriosa e específica, criando regras mais rígidas a serem cumpridas por empresas, que passaram a ser obrigadas a realizar controles e medidas.
Um ponto importante a se considerar na Portaria IBAMA 85/96 é sua inovação quanto a sua aplicação.
A sua exigência de controle de emissão de poluentes não se limita aos veículos próprios da empresa, obrigando tal controle também sobre os veículos das empresas terceiras contratadas para a realização de serviço de transporte de passageiros ou de carga. Vejamos o artigo 2º:
Art. 2º Toda Empresa contratante de serviços de transporte de carga ou de passageiro, através de terceiros, será considerada co-responsável, pela correta manutenção dos veículos contratados, nos termos do artigo anterior.
Desta forma, a corresponsabilidade imposta no artigo acima, traz como exigência legal a qualificação dos fornecedores do serviço de transporte de carga ou passageiros com veículos a diesel, algo similar ao que é exigido por Sistemas de Gestão, como ISO 14.001 e ISO 45001.
*Por Felipe Lafetá, Júlia Balsamão e Tatyanne Werneck
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