ESG

Liderança feminina e ESG | O Impacto das mulheres no mundo corporativo

A diversidade e a inclusão têm ganhado cada vez mais espaço no mundo corporativo, e a presença feminina em cargos de liderança está diretamente associada às melhores práticas de ESG.

As mulheres desempenham um papel essencial na transformação dos negócios, trazendo uma abordagem mais holística e inclusiva para a sustentabilidade empresarial.

Diante deste cenário, este artigo tem por objetivo trazer a reflexão sobre como os cargos liderados por mulheres são benéficos para a empresa e a sociedade no que se refere ao ESG. Boa leitura!

Por que as mulheres estão se destacando em cargos de liderança?

Um estudo publicado pela ONU em 2021 analisou o impacto da participação feminina nos conselhos empresariais e seu reflexo no desempenho das organizações. O projeto: ‘’ONU Mulheres’’ reuniu diversas pesquisas que indicam resultados financeiros positivos e ascendentes em empresas que possuem maior representatividade feminina em cargos de liderança.

Os estudos apontam que as mulheres demonstram maior comprometimento com suas atividades, comparecem com mais frequência às reuniões e participam ativamente das decisões estratégicas. Além disso, destacam-se pelo empenho na implementação de ações voltadas para a governança corporativa.

Além das habilidades comportamentais, a qualificação técnica das mulheres tem crescido significativamente, impulsionando resultados financeiros e fortalecendo a cultura organizacional das empresas.

No contexto do ESG, veremos a seguir como a liderança feminina contribui para práticas mais sustentáveis e inovadoras dentro das organizações.

A liderança feminina no ESG

O ESG (Environmental, Social and Governance) é composto por três pilares fundamentais: meio ambiente, social e governança. No contexto corporativo, as lideranças femininas desempenham um papel essencial na implementação de iniciativas que promovem a responsabilidade socioambiental e a transparência nos processos empresariais.

Ambiental (E – Environmental)

Mulheres em cargos de liderança têm se destacado na priorização de estratégias sustentáveis, promovendo soluções inovadoras para a redução do impacto ambiental. Pesquisas indicam que empresas lideradas por mulheres apresentam maior tendência a investir em energia renovável, eficiência energética e redução de emissões de carbono.

Um exemplo notável é Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) desde 2011. Sob sua liderança, a capacidade instalada de energia eólica no Brasil teve um salto significativo, tornando-se a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional. Seu trabalho tem sido fundamental para o crescimento sustentável do setor de energia renovável no país.

Outro exemplo inspirador é Salinee Tavaranan, engenheira mecânica especializada em energia solar e outras formas de energia sustentável. Como diretora de projetos da Border Green Energy Team e fundadora da SunSawang, ela viabiliza sistemas de energia verde para comunidades remotas na Tailândia. Sua atuação tem sido essencial para fornecer eletricidade sustentável a regiões isoladas, promovendo a eficiência energética e a inclusão social.

A liderança feminina no ESG não apenas fortalece o compromisso com a sustentabilidade, mas também impulsiona a inovação e o crescimento responsável no setor corporativo.

Empresas com mulheres em posições de alta gestão estão mais engajadas em práticas de responsabilidade social corporativa, adotando políticas que favorecem a inclusão e o bem-estar dos colaboradores.

Deborah Patricia Wright, conselheira do Banco Santander e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, destaca um estudo da Moody’s sobre empresas europeias. Segundo a pesquisa, as organizações com melhores notas de crédito tinham um fator em comum: maior representatividade feminina nos conselhos e nas diretorias executivas. Esse fator também foi observado em empresas americanas, onde a presença de mulheres na liderança esteve associada a maior abertura para mudanças e menor propensão a riscos.

A diversidade, portanto, não é apenas uma questão social, mas também um diferencial competitivo que fortalece os negócios e melhora a sustentabilidade financeira das empresas.

Governança (G – Governance)

No aspecto da governança corporativa, as mulheres se destacam pela transparência na gestão e pelo compromisso com a ética empresarial. Estudos demonstram que a presença feminina nos conselhos administrativos está associada a uma menor incidência de fraudes e a um maior comprometimento com boas práticas corporativas.

Uma pesquisa do Núcleo de Estudos Raciais do Insper, realizada a pedido da Fundação Lemann, analisou 95 estudos sobre diversidade de gênero e raça na política e no mercado de trabalho ao longo de 20 anos. Os resultados revelaram que lideranças públicas femininas têm até 35% menos chances de se envolver em casos de corrupção em comparação aos homens.

Esses dados reforçam a importância da diversidade para a governança corporativa e mostram que o aumento da representatividade feminina contribui para organizações mais responsáveis e sustentáveis.

O crescimento da liderança feminina no Brasil

Nos últimos anos, o avanço das mulheres em cargos de liderança dentro da agenda ESG tem sido evidente, mas ainda há desafios a serem superados.

De acordo com o estudo “Mulheres em Ações”, da B3, 56% das empresas listadas na bolsa brasileira não possuem mulheres em suas diretorias estatutárias, e 37% não têm presença feminina em seus conselhos de administração.
Já um levantamento da FGV EAESP revelou que, no Brasil, as mulheres ocupam, em média, apenas 11,5% dos assentos em conselhos de administração de empresas de capital aberto, enquanto a média mundial é de 20,6%.

Apesar dos avanços, esses números demonstram que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir maior representatividade feminina na governança corporativa. Fortalecer políticas de diversidade e equidade é essencial para que mais mulheres ocupem posições estratégicas e impulsionem mudanças positivas nas empresas e na sociedade.

Liderança feminina no ESG com o suporte da tecnologia

A implementação do ESG requer o cumprimento de diversas normas e regulamentos. Neste contexto, empresas de software de gestão de requisitos legais desempenham um papel fundamental ao auxiliar líderes femininas na estruturação e monitoramento das práticas de conformidade.

Facilidade no Monitoramento de Normas e Regulamentos
Com um software especializado, mulheres líderes podem acompanhar em tempo real as exigências legais relacionadas ao ESG, garantindo a conformidade com leis ambientais, trabalhistas e de governança corporativa.

Automatização de Processos e Redução de Riscos
A tecnologia possibilita a automação de auditorias e relatórios, reduzindo falhas humanas e aumentando a eficiência operacional. Isso permite que as líderes femininas possam focar em estratégias sustentáveis e inclusivas.

Transparência e Rastreabilidade
Um software de gestão de conformidade fornece dashboards intuitivos e relatórios detalhados, ajudando os líderes a demonstrar, de forma transparente, o impacto positivo das iniciativas de ESG.

Fortalecimento da Governança e Tomada de Decisões Baseada em Dados
Ao contar com análises preditivas e indicadores de desempenho, as líderes femininas podem tomar decisões mais embasadas, garantindo maior eficiência na implementação das estratégias ESG.

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CAL – Tecnologia em gestão de requisitos legais e ESG

O CAL auxilia empresas a:

Identificar e mapear as normas aplicáveis ao seu setor e operação;
Gerenciar conformidade, reduzindo riscos de sanções e penalidades;
Criar um histórico documental, garantindo transparência e confiabilidade nas auditorias e avaliações ESG;
Automatizar e simplificar processos, permitindo que a organização foque em iniciativas ESG de maior impacto;
Acompanhar alterações legislativas em tempo ábil, garantindo a adesão a novas regulamentações de forma rápida e precisa;
Gerenciar evidências de conformidade, assegurando que todos os requisitos estejam documentados e acessíveis para auditorias.

O melhor caminho para se tornar uma boa liderança em ESG

A presença feminina na liderança tem um impacto significativo na sustentabilidade empresarial e na construção de ambientes mais éticos, responsáveis e inovadores. Dessa forma, o ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que desejam prosperar a longo prazo.

Nesse cenário, a tecnologia se torna uma grande aliada, e empresas de software de gestão de requisitos legais têm um papel essencial na viabilização dessas iniciativas, ajudando mulheres a liderar com mais segurança e eficiência. Assim, a sinergia entre liderança feminina, ESG e tecnologia pode redefinir o futuro corporativo, promovendo um impacto positivo tanto para as organizações quanto para a sociedade como um todo.

Manuelle Meira

Advogada (OAB/MG 189.395),é pós-graduada em Direito Ambiental e MBA em Sustentabilidade Corporativa. Atualmente cursa MBA em Marketing, Branding e Growth pela PUCRS. Na área ambiental, integrou a Comissão de Direito do Meio Ambiente da OAB/MG e atuou na curadoria do TEDx Savassi e do TEDx Cowdown, onde pôde colaborar com pesquisas e elaboração de roteiros sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. É co-autora do livro ‘’Coisas’’ e atualmente integra o time de negócios se dedicando exclusivamente no marketing da Ius, desenvolvendo estratégias e conteúdos alinhados ao crescimento da empresa e às práticas de ESG.